quarta-feira, 8 de maio de 2013
Vira-latas e rola-bostas
Torcida do contra perdeu de novo
Paulo Moreira Leite
Paulo Moreira Leite
A recepção que Roberto Azevêdo recebeu de tantos observadores e comentaristas brasileiros é uma advertência importante.
Com o primeiro brasileiro a ocupar um posto internacional tão relevante
como a direção da Organização Mundial do Comércio, o governo nem teve
tempo de levantar a taça para um brinde antes que fosse possível ouvir
críticas, advertências e profecias negativas quanto a sua atuação.
Não faltou quem lembrasse que, apesar da mais importante vitória
diplomática desde a independência, o Brasil ainda não conseguiu uma meta
maior, que é garantir um assento permanente no Conselho de Segurança da
ONU. É verdade.
O Brasil luta por essa cadeira desde a criação da ONU, no pós-Guerra.
Mas o debate sobre uma reforma da instituição saiu da pauta nos últimos
anos e isso não depende apenas do Brasil.
Falar em assento permanente é como cobrar a conquista da Copa do Mundo –
quando a Copa não está no calendário. E é uma forma, claro, de
minimizar a importância do que ocorreu ontem.
Também se procura jogar nas costas sequer empossadas de Azevêdo um
possível fracasso na próxima rodada ministerial de Doha, onde se tentará
retomar negociações de comércio internacional, tão combalidas após o
colapso de 2008, que abriu essa recessão mundial que não quer terminar. É
ridículo – onde está a trégua de 100 dias devida aos recém-eleitos? --,
mas não tem importância.
A baixa política, o esforço para desgastar de qualquer maneira não conhece tréguas.
Torcer contra é uma opção ideológica, que não descansa.
Há uma questão cultural e política neste caso concreto.
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http://saraiva13.blogspot.com.br/2013/05/vira-latas-e-rola-bostas.html
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