Por LEN
O
jornal Valor Econômico divulgou nessa semana uma matéria de Cristian
Klein (leia na íntegra aqui) sobre uma pesquisa do Instituto Análise
sobre as eleições de 2014. Algumas informações devem ter deixado alguns
aquários em redações em estado de total desânimo, afinal elas mostram
claramente, que apesar de todos os esforços em contrário, o
ex-presidente Lula permanece com seu prestígio intacto e que as chances
de emplacarem seus aliados nas próximas eleições presidenciais estão
cada vez mais escassas.
Se
as eleições fossem hoje, Dilma venceria Aécio facilmente por 57% a 18%.
Já se o adversário de Aécio fosse Lula, o primeiro seria massacrado por
humilhantes 76% a 11%. Curiosamente, não foram apresentados cenários
com outros candidatos tucanos, pois se Aécio que é o mais cotado,
perderia com essa vantagem esmagadora, imagino como se sairiam FHC,
Serra e Alckmin. Infelizmente o terceiro cenário previsto pela pesquisa é
um impossível Dilma X Lula, cujo resultado é irrelevante.
Apesar Lula reiterar que Dilma será
candidata a reeleição e tem o seu apoio, a maioria da população prefere
que ele seja o candidato em 2014. Cerca de 57% dos entrevistados
gostaria que Dilma desistisse da reeleição em favor da candidatura de
Lula. A aprovação do ex-presidente, que era de aproximadamente 80%
quando estava no governo, chega agora a fantásticos 82% de bom e ótimo, o
dobro do que Dilma tem no momento (41%).
Esses
números comparativos são interessantes para a gente entender o motivo
da estratégia dos veículos de comunicação no sentido de promover ataques
contra Lula e tentar marcar falsas diferenças entre a forma que ele e
Dilma enfrentam a corrupção. Naturalmente eles avaliaram que Lula seria
imbatível e Dilma uma oponente mais fácil de ser batida. Ao mesmo tempo
em que fazem elogios à Dilma para tentar escolher o adversário de 2014,
fustigam o seu governo com a campanha do “mar de lama”. Só não contavam
com duas coisas: os ataques contra Lula se mostrariam ineficientes e
como boa massa fermentada, só cresce quando apanha e para seu completo
desespero, mesmo o “poste” Dilma venceria tucanos com toda facilidade.
Vida
dura essa de imprensa anti-Lula, depois de oito anos vendo suas
tentativas de macular a imagem de Lula sendo frustradas e amargar
pesquisas sucessivas com recordes de aprovação cada vez maiores,
vislumbraram na sua saída do poder uma forma de destruir sua reputação,
já que o ex-presidente, exímio comunicador, não teria a sua disposição o
acesso ao contraditório, mas eis que depois de praticamente nove meses
de ataques ininterruptos, com editoriais e analistas da velha mídia
repetindo uníssonos mantras tentando associar a corrupção ao seu período
de governo, Lula aparece com aprovação ainda maior e como pule de dez
para qualquer eleição nesse país.
Lula
é um fenômeno que deveria ser estudado mais profundamente. Com meus
parcos conhecimentos, não tenho informação de qualquer outro ser
político que tenha sofrido dos principais meios de comunicação do país
tamanha perseguição por décadas, e ainda sim mantenha faixas de
aprovação e popularidade tão impressionantes. Lula desafia as leis de
Murdoch, seguidas como mandamentos pelas principais redações. Ele
apavora a os barões da mídia porque não precisa de intermediários para
se comunicar com o povo, por não ter medo de bater de frente, por não
precisar se curvar.
Fonte da imagem ilustrativa: http://jornalsportnews.blogspot.com/2010/12/lula-nas-alturas.html
Autor: não informado.
Este artigo foi escrito por LEN que é autor de 412 artigos no Ponto e Contraponto.
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