Arte INN
Texto -Via Facebook - Por René Amaral
"Nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo; todos são parte do continente, uma parte de um todo. Se um torrão de terra for levado pelas águas até o mar, a Europa ficará diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar de teus amigos ou o teu próprio; a morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti".
Morreu Hugo Chaves, para a tristeza de milhões, não só venezuelanos, sul americanos em geral; e deleite e comemoração de uns poucos idiotas que não percebem que o mundo muda, e mudam seus personagens e tramas.
Figura controversa, como era Brizola, sem medo de dizer o que queria e desafiar impérios e reinados de fancaria. Odiado como Fidel, e o próprio Lula, por aqueles que não se incomodam em andar curvados sob o peso da subserviência e comer os restos que sobram debaixo da mesa do banquete das classes dominantes, raspas e restos lhes interessam.
Não lhes reservo o ódio que eles mesmos dedicam aos que lutam contra a servidão humana, esses que defendem falsos ideais com chavões como Liberdade de Imprensa, livre comércio e outras desculpas para manter na miséria a maioria, para que possam se refestelar em suas sobras sujas.
Não lhes dedico nem o desprezo que merecem por vender seus semelhantes nas feiras e convescotes de organizações conspiratórias. A eles só a piedade, afinal, como dizia um outro detestado por sua opção pelos pobres, "Perdoe-os, Pai, eles não sabem o que fazem!"
Talvez até saibam, mas o ódio não reside em meu coração, nem desejo de vingança. Deixo-os com suas celebrações e brindes, a socapa, como soe a canalhas, já que jamais iriam às ruas de Caracas levantar seus copos cheios de merda e sangue para festejar a morte de um homem.
Essa noite, com certeza, nomes como Jabor, Mainardi, Merval, Reinaldo e outros, tiveram sonhos molhados, acordaram em meio ao esperma das poluções noturnas, numa sensação de deleite e lambança. Sentiram-se homens pela primeira vez, já que a ombridade do morto (que lhes ofuscava a própria) tinha tido seu fim decretado por um destino, que com certeza não os irá poupar, quando sua vez chegar. Mas acordaram felizes e fecundados pela porra de seu prazer canalha e mesquinho.
A eles só piedade!
"Nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo; todos são parte do continente, uma parte de um todo. Se um torrão de terra for levado pelas águas até o mar, a Europa ficará diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar de teus amigos ou o teu próprio; a morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti".
Morreu Hugo Chaves, para a tristeza de milhões, não só venezuelanos, sul americanos em geral; e deleite e comemoração de uns poucos idiotas que não percebem que o mundo muda, e mudam seus personagens e tramas.
Figura controversa, como era Brizola, sem medo de dizer o que queria e desafiar impérios e reinados de fancaria. Odiado como Fidel, e o próprio Lula, por aqueles que não se incomodam em andar curvados sob o peso da subserviência e comer os restos que sobram debaixo da mesa do banquete das classes dominantes, raspas e restos lhes interessam.
Não lhes reservo o ódio que eles mesmos dedicam aos que lutam contra a servidão humana, esses que defendem falsos ideais com chavões como Liberdade de Imprensa, livre comércio e outras desculpas para manter na miséria a maioria, para que possam se refestelar em suas sobras sujas.
Não lhes dedico nem o desprezo que merecem por vender seus semelhantes nas feiras e convescotes de organizações conspiratórias. A eles só a piedade, afinal, como dizia um outro detestado por sua opção pelos pobres, "Perdoe-os, Pai, eles não sabem o que fazem!"
Talvez até saibam, mas o ódio não reside em meu coração, nem desejo de vingança. Deixo-os com suas celebrações e brindes, a socapa, como soe a canalhas, já que jamais iriam às ruas de Caracas levantar seus copos cheios de merda e sangue para festejar a morte de um homem.
Essa noite, com certeza, nomes como Jabor, Mainardi, Merval, Reinaldo e outros, tiveram sonhos molhados, acordaram em meio ao esperma das poluções noturnas, numa sensação de deleite e lambança. Sentiram-se homens pela primeira vez, já que a ombridade do morto (que lhes ofuscava a própria) tinha tido seu fim decretado por um destino, que com certeza não os irá poupar, quando sua vez chegar. Mas acordaram felizes e fecundados pela porra de seu prazer canalha e mesquinho.
A eles só piedade!
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