terça-feira, 5 de outubro de 2010

AVIÕES PRESIDENCIAIS - VEJAM UM POUCO DA HISTÓRIA - QUANDO COMEÇOU ?



Os dois Boeings 707 - FAB 2401 e 2404 - foram fabricados em 1958 e adquiridos da VARIG em 1986, vindo a ser adaptados e utilizados para os vôos presidenciais desde 1987. Ambos serviram aos presidentes até 1999, quando foram aposentados pela 1ª vez pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, que iniciou o processo de licitação envolvendo a Boeing e a Airbus.







O PROBLEMA DO SUCATÃO E DOS SUCATINHAS


A frota presidencial até 2004, formada pelos FAB 2401 e 2404 (reserva) - 2 KC-137 - os SUCATÕES (com 46 anos), e mais 2 VC-96 - os SUCATINHAS (com mais de 30 anos), não era mais adequada nem oferecia a segurança necessária para as viagens de um chefe de estado. Toda a frota deveria ter sido substituída ainda em 2005, mas esse processo se arrastou até dezembro de 2009.



VC-96

Um VC-96 (737-2N3) sobrevoando Brasília.



Todos apresentavam alto consumo de combustível e, por serem aeronaves antigas, de tecnologia bastante ultrapassada, requeriam manutenção muito cara.


Segundo a FAB, o gasto com uma viagem no Airbus chega a ser 71 % menor, o que significaria uma economia de mais de US$ 5 mil por hora de vôo. O valor equivale a uma economia de US$ 5,2 milhões por ano. A hora de vôo do Santos Dumont custa US$ 2.100, enquanto o Sucatão custava até US$ 7.300. Assim, a estimativa do governo é que em 11 anos se tenha o retorno do valor gasto com a compra da aeronave.


O Sucatão tinha ainda o sério inconveniente de sofrer restrição de pouso em muitos aeroportos internacionais, por não mais enquadrar-se na legislação internacional (elevado ruído e poluição dos gases), o que constrangia a Presidência.


Seus sistemas de navegação e de comunicação também eram bastante limitados se comparados às aeronaves modernas, como um ACJ, BBJ ou EMB-190.


Em resumo, o quesito de segurança de um governante em seus deslocamentos é uma exigência cada vez mais presente e profissional no mundo moderno. Este fato tornou tal troca inadiável.


O atual avião tem excelente autonomia de vôo, eliminando o desconforto do presidente nas viagens de longa distância, ao ser obrigado a fazer muitas escalas técnicas para abastecimento.


Nos vôos para a Índia e para a China, o Sucatão 2401 teve que fazer duas escalas antes de chegar aos destinos. Para tal, demandou da FAB custos de apoio logístico altíssimos e com muitas dificuldades de atendimento.


Os dois Boeings 707 - FAB 2401 e 2404 - foram fabricados em 1958 e adquiridos da VARIG em 1986, vindo a ser adaptados e utilizados para os vôos presidenciais desde 1987. Ambos serviram aos presidentes até 1999, quando foram aposentados pela 1ª vez pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, que iniciou o processo de licitação envolvendo a Boeing e a Airbus.



Sucatão

O Sucatão decolando.



A razão da aposentadoria foi bastante grave e quase trágica. No final daquele ano, o então vice-presidente Marco Maciel viajava para a China no FAB 2401, com escala em Amsterdã (Holanda), onde fez um pouso forçado devido à explosão de uma das 4 turbinas.


Lula viajou nos 2 concorrentes pelo processo de avaliação. Em maio de 2003, utilizou o BBJ - Boeing Business Jet, no deslocamento para Evian (G-8). Em julho do mesmo ano, voou com um A319CJ da Airbus para Lisboa. Na Europa, utilizou um Sucatinha para as viagens locais.


O Boeing 707 foi reativado no início de 2003 pelo presidente Lula, devido ao alto custo de leasing de um A319 comercial da TAM para suas longas e extensas viagens. Desde então, Lula fez muitas viagens no FAB 2401, inclusive para a China em 2004.


MARATONA NA ÁFRICA - 2004


Em 29 de julho de 2004, em uma missão de 4 dias à África, um vazamento hidráulico no Sucatão 2401 fez com que o presidente Lula tivesse que utilizar um avião reserva Sucatinha para poder retornar ao Brasil. Por sorte, o roteiro se deu de Cabo Verde a Fortaleza, viagem de pouco mais de 3 horas de duração.


No momento do defeito, o presidente estava a bordo de outra aeronave da FAB, um Hércules C-130, voando da capital do Cabo Verde, Praia, para a Ilha do Sal, onde embarcaria no avião que apresentou a falha.


Desde o início o roteiro parecia uma verdadeira MARATONA. Para realizar tal viagem com segurança, o presidente Lula foi obrigado a usar três tipos de aviões. Ele saiu de Brasília a bordo do Sucatinha (Boeing 737-2N3) e pousou na Base Aérea do Galeão, no Rio, para mudar-se para o Sucatão.


Nele atravessou o Atlântico e pousou em São Tomé, primeira etapa da viagem. De lá foi para o Gabão a bordo novamente do Sucatinha. Da capital gabonesa, Libreville, para a terceira etapa da viagem, a Ilha do Sal, em Cabo Verde, Lula usou um Hércules C-130, pois a pista da capital caboverdeana tem apenas 1.300 metros e somente um avião militar, como aquele, altamente capacitado para operações delicadas, poderia pousar ali.


Para a volta ao Brasil, Lula faria uso novamente do Sucatão. Mas ocorreu uma pane hidráulica no Sucatão - um vazamento na mangueira de uma turbina, e a travessia do Atlântico foi feita no Sucatinha. A distância só pôde ser vencida porque este Sucatinha VC-93 era equipado com um tanque de combustível extra.


Resumo da maratona: se já estivesse em operação o novo FAB 2101 ACJ, Lula teria usado um só avião. E os cofres da República teriam feito uma economia de US$ 5.500 dólares, a cada hora de vôo.


MISSÃO FINAL


Desde janeiro de 2005, os 2 Boeings 707 da FAB passaram a ser usados para transporte de carga, como já faziam outras 4 aeronaves similares KC-137.



KC-137 realizando REVO com 11 caças da FAB

Magnífica visão de operação de REVO realizada por um KC-137 da FAB.
(Foto da FAB)



Os dois Boeing 737, os SUCATINHAS, serão empregados a partir de 2010 pelo GTE como reservas e em missões complementares exclusivamente em solo brasileiro.


OS HS 125


A FAB possui hoje 13 aeronaves VU-93 - BAe HS 125 - em sua frota, os quais estão em operação há mais de 40 anos fazendo o transporte VIP de autoridades do governo federal, como ministros e funcionários do alto escalão. Também transportam autoridades estrangeiras, fazem transporte tático e até calibragem eletrônica de instrumentos de aeroportos.


A sua substituição tornou-se necessária diante do elevado custo de operação, da manutenção e da dificuldade de encontrar-se peças de reposição, não mais fabricadas.


Semelhante ao caso do Sucatão, nos últimos anos, essas aeronaves têm apresentado sucessivas panes, que comprometem em muito a segurança de vôo. Um dos episódios mais conhecidos e recentes de pane do HS envolveu o presidente do FMI em 2004, que precisou retornar à Brasília, minutos depois da decolagem, devido a uma falha técnica do avião.




O FAB 001 VC-1A


Certamente, a designação presidencial de FAB 001 para o VC-1A e muitas das características da futura aeronave baseiam-se no modelo e na enorme tradição do Avião Presidencial dos EUA - o AIR FORCE ONE - AFO.



Cauda do VC-1A

Detalhe da Cauda do VC-1A, com destaque para o
prefixo de cauda nº 2101 e um enorme Emblema da República.
(Detalhe / Foto Marcello Casal Jr. - ABr 80.588)



O atual Avião Presidencial do Brasil, para viagens transcontinentais, é o AIRBUS A319 Corporate Jetliner - A319CJ - ou simplesmente ACJ. Foi entregue em Brasília em 15 de janeiro de 2005, após assinatura do Termo de Recebimento, Transferência de Propriedade e Riscos da Aeronave.

LEIA MUITO MAIS NO LINK

http://www.defesabr.com.br/Fab/Presid/fab_presidente.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário

2012, o ano da CPI DA PRIVATARIA

RESPEITO AOS PROFESSORES COMEÇA COM SALÁRIO DIGNO . . .

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK6KceamqL7DKC68R_OKhFop6qz1jVDDng-4_gMTxj_wVNrIIqfyLUnNkjtxV-Iv9GUIzsa3-J5UU6B7Ei11ryY88amfRV_wYGzJTCVyBWkZzxVAvDONWlYhmEBZvHVhABMK23Ws5HiqQ/s350/selo.jpg

Há 31 anos vestindo . . .

Arquivo do blog

VAMOS EM FRENTE . . .

Companheiras e companheiros, Aquele país triste, da estagnação e do desemprego, ficou pra trás. O povo brasileiro não quer esse passado de volta. Acabou o tempo dos exterminadores de emprego, dos exterminadores de futuro. O tempo agora é dos criadores de emprego, dos criadores de futuro. Porque, hoje, o Brasil é um país que sabe o quer, sabe aonde quer chegar e conhece o caminho. É o caminho que Lula nos mostrou e por ele vamos prosseguir. Avançando. Com a força do povo e a graça de Deus. Dilma Roussef BIBLIOGRAFIA DA PRESIDENTE DILMA

Policiais tem justos motivos para reclamar

Policiais tem justos motivos para reclamar
CRIMINALIDADE PODE AUMENTAR EM SÃO PAULO